Voto

Dizem que mulher não vota em mulher. Será? Seria? Acredito que essa história de gênero precisa mudar de discurso. Afinal, quantas mulheres estão no páreo à espera de um voto? E há quantos anos há apenas homens representando a sociedade, sem necessariamente representando o homem?

Não gosto do discurso feminista que afasta o homem da mulher. Pra mim, a gente nasceu pra viver junto. O diabo é a caminhada, a longa jornada. Mesmo com as mesmas ideias e desejos, o pensar muda de acordo com o humor, assim como as necessidades. Mas, isso não vale dizer que na hora do voto o que influi é o gênero.

Vida

A vida é de uma riqueza impressionante. Não importa se nós os mortais, que não morrem do outro lado esférico do universo, observe com a acuidade necessária. Uma plantinha, dessas que você compra num supermercado atrai pela cor. Levada para casa nem sempre é percebida e murcha. Logo que recebe água, alimento vital, ressurge sem timidez.

Considero mal agradecidas aquelas pessoas que não regam as plantas. Eu sou assim: vivo julgando ingratidão gratuita(?) que sai cara porque o mundo existiria sem nós. Será que alguém já pensou nisso?

Na palma da mão

Estava imaginando que crescer com educação é ter disciplina doméstica. Mas foi na escola que aprendi o que é ser livre, soltando a imaginação diante das frases dos inúmeros livros que li até agora.

Não saberia dizer quantas obras guardo na mente. O diabo é que não encontro a senha para baixar os arquivos. Quem dera, mesmo num breve momento que fosse, provocar a biblioteca íntima e fazer jorrar as letras abaixo.

Junto a elas as lembranças outras que me enriquecem e fortalecem os meus dias. O primeiro ditado e a expressão de satisfeita da professora. Ufa! escapei da palmatória.

Escritos

Estou descobrindo Rachel de Queiroz quando está num plano que nem sei se poderei alcançar um dia, para uma entrevista, tocar na sua mão mágica, ver o sorriso que a tantos alegrou.

Rachel foi uma resposta correta que obtive na prova de português da Universidade Federal do Ceará em 1976. Até aí era apenas a autora de o Quinze. Percebo que escrever não tem idade, a maturidade já vem com a cor do poema que transcende.

Eu sempre tive uma certa veia poetica. Nem sei o porquê. Eu apenas tenho. Mas os versos se perderam em gavetas e amarelados foram para o lixo sem a menor pretensão de reciclagem.

Estou aprendendo a conviver com Rachel porque também cozinho bem, gosto de sorrir e receber. Nós mulheres somos assim: irmãs na aventura de ser feminina até com o que nos impõem.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...