Adisiando

A rádio FM Assembleia tem recebido semanalmente a visita de alunos de ensino fundamental. Eles vêm conhecer o painel Narcélio Limaverde, que conta a história do rádio no Brasil. Os 17 metros de história nem sempre são olhados com a curiosidade que defendo.

No entanto, ao lembrar da adolescência certifico-me que nesse período, o nosso olhar é amplo e aparentemente disperso. Como diz Leon Dennis, a adolescência pode ser comparada a uma grande floresta. Cheia de vida, temperança e com muitos frutos ainda a amarelar.

O painel tem a cor do passado com o brilho do presente. Quem não tira os olhos de mim é Adísia Sá, a minha professora de sempre. Gosto de conversar com imagens. Sempre estou lhe perguntando sobre algo e chego até a ouví-la dizendo: "Abreu, a pior censura é a que você pode fazer a si mesma. Não se auto-censure". Conselho ouvido, conselho posto.

O diabo do um mais um

Estava vendo o celular sempre ao lado e à mão. Uma imagem guardada no cartão de memória foi transportada para o e-mail. Durante o transporte de poucos minutos, o sorriso não amarelou, continuou firme, assim como parece o teu ombro sustentando a minha cabeça. De repente, lembrei da segurança que sentia, mas não fiquei triste.

A foto não ficará rota, mas a esperança de um convívio sim. Sinto falta do companheiro esquecendo-me que as relações em muitas ocasiões são transportes e nós as bagagens que podem se extraviar sem ninguem para reclamar.

O pensar lateja, reclama, mas reconhece que hoje num encontro fortuito se o olhar não corresponde ao humor merecido, nada tenho que remendar.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...