Contando pontos

Tô naquela fase - não digo idade porque não tenho certeza - de falar quase tudo que penso. Se estou preocupada em ser uma velha chata? Nem um pouco!

A velhice é coisa lenta demais para me alcançar. Serei idadosa - assim mesmo- de idade, mas ágil. Se não nas pernas, nos braços, mas no raciocínio. E não é aquela rapidez intempestiva da juventude (quantos equívocos, meu Deus) mas com aval provocados pela experiência, ou melhor, vivências, de fato.

Sinto-me livre para assessorar-me: falei há pouco que cometi equívocos na juventude. Talvez sim, talvez não. Cada idade com seus limites de discernimento.

Então, nada de ficar olhando para trás, como se a vida fosse uma colcha de crochê, cujos erros de contas iniciais comprometem o trabalho lá na frente, e você, precisa voltar, encontrar o erro e desmanchar tudo que fez. Não é assim. A colcha vai continuar torta até você perceber que fez o que pretendia, só que diferente do pensamento inicial.

Um comentário:

AK disse...

Eu precisava ler. Achei lindo o texto que faz uma analogia ao bordado. E é isso mesmo, a comparação com os erros e acertos da vida parecem os pontos das linhas, dos desenhos de nossa vida. E o desenho final será sempre uma surpresa. Melhor deixar os nós, mesmo aquele que supomos terem sido erros. No final da vida é que saberemos, se foi erro ou se foi o grande Bum de nossas vidas.Adorei

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...