A queda ensina a levantar

Enquanto repetia a dose de café, com o olhar preso ao verde do quintal, a minha nora comenta sobre o fim do mundo que não chegou ainda. Pois é. O mundo continua igual, nada mudou assim como o meu orgulho, as minhas noias, o meu despeito. Tudo igual! Rimos uma para outra numa convivência pacífica do entendimento de que nem toda mudança anunciada acontece.

O que me falta ocorrer é a vontade de mudar.

Lembro quando os meus finais de semana eram ocupados com a espiritualidade. Sentia-me cansada a cobrar de mim mesma, um tempo para curtir a casa, a família, a cidade, enfim... Veio a queda, estraguei o joelho esquerdo e agora só faço curtas caminhadas dentro do espaço do trabalho e de casa. Só saio acompanhada e de carona.

Confesso, que essa mudança não me agrada muito agora. Quero voltar às ocupações espiritualizadas. Subir degraus sem esforços. Já marquei data para retorno. Enquanto isso, aguardo recuperação, afinal não é nenhum fim de mundo ficar de molho vez em quando.


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Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...