Ficar por aqui

Fui constrangida a dizer adeus a uma amiga de muitas vivências. Nem conto o tempo que a gente se afastou. Ela no outro plano, num retorno que espero tranquilo, e eu por aqui acordando cedo, ainda de madrugada com resquícios da viagem noturna. A frase lateja na mente: Eu não quero morrer. Não aceito isso. Num apelo consolador fujo da fatalidade terceirizando a ideia fixa.

Que fique em algum lugar na mente. Tenho mais o que fazer. O relógio não para e eu preciso preparar um café quente para sentir o gosto da Terra. Agora até lembro a letra apocaliptica de Eduardo Dusek. Pois sim, não vou ficar com a boca escancarada na janela, tal qual Raul...

Essa passagem pode até baixar de preço, socializar o retorno, mas poeta canta dor dos mortais por aqui mesmo. Depois de pronto o café, hora de ir para janela e com olhos fitos no ceu, agradecer por mais um dia na escola, na condição de repetente, e pedir para ser mais dócil.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...