Saudade

Saudade é aquele desejo sem retorno do que a gente quer reviver com o pensar de hoje.

Dai vem a tal da monotonia. Isso, porque na ânsia de viver cada dia mais rápido, saltamos o gosto das ocorrências.

Mas, como nem todo saldo é positivo e nem todo balanço indiscutível, ainda é tempo para deixar curtida a experiência do agora. E deixar que a saudade apenas nomeie o que não tem retorno.

Tingimento

Dizem que nós mulheres temos noias. Os cabelos são os mais afetados, sem dúvida. E lembro que sou do tempo em que ter prateados na cabeça significavam experiência e estimulava por isso mesmo, respeito. Ai veio a tintura. Homens e mulheres colorindo cabelos para disfarçar a idade.

Hoje, o tempo de vida não influi pela preferência aos salões de beleza lotados. São inúmeras as garotas que usam química para mudarem o que ainda não ficou definido.

Estou hoje meio marrom: nem morena, nem ruiva e, muito menos, loira. Tinjo os fios em casa com ajuda sempre oportuna de uma amiga e não nego a idade. Eu gosto muito de dizer que estou quase sexagenária, mas com os cabelos pintados que não abro mão. É que a raiz branca briga com o restante do conjunto.

Lembro uma grande amiga minha que resolveu deixar o alvo tomar conta da cabeleira. Com a demora do crescimento, outras pessoas lhe indagavam sobre o resultado. Reclamaram tanto que a linda resolveu tingir de novo. Pronto, ficou em paz. Certos comentários são tão nocivos quanto moscas no doce.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...