No Ceará

No dia do jornalista não  vou reivindicar. Estou desde cedo só querendo ver o valor do trabalho nosso de cada dia. Experienciando o corre-corre. Se eu fosse contar a quilometragem das pernas e dos dedos sobre o teclado...

Se eu fosse contabilizar os números de oncinhas trocadas e liquidadas no custo da vida...

Se eu fosse medir os litros de chás de cadeira...

Ao invés disso, acredite: nem me tocava que hoje se celebra a profissão do jornalista. Por que será que o Dia Mundial da Saude falou mais alto? Será porque não tenho plano de saude, mas que planejo ter um que não duvide da minha vontade de pagar em dia...

 Estou desde o momento em que sai da cama lembrando os versos e a música de Carlos Barroso, que Fagner grita com prazer: "Eu só queria / Que você fosse um dia/ Ver as praias bonitas do meu Ceará
Tenho certeza/ Que você gostaria/ Dos mares bravios/ Das praias de lá.

 Estou assim hoje insultando Dorival Caymmi que me convida ir a Bahia. Este é o meu troco para o baiano convicto.

Sem rebolado

Uma queda esquisita me fez bailarina sem música clássica. Mas a dor sentida até o âmago do ser, ficou longe da intensidade do parto. No resguardo, trabalhei quinze dias na cama. Interessante quando parte do corpo não corresponde à sua vontade. Como andar com uma perna só? Quicando, naturalmente, carregando os meus quilos ganhos a custa de muita comida boa.

 Pois é... estava tão serelepe naquela noite de sexta-feira. Eu só queria um pouco de água para regar o corpo enquanto um sono me levaria a sonhos da vida. As pernas começaram a se afastar num escorregadio chão. Nem deu pra saber o que provocou. Quase um mês depois, ando sem nenhum rebolado. Gelo, massagens e salto baixinho. Receitas para recuperação.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...