Sensibilidade

Mirando o tempo que passa, surta ideia de que o meu grande problema é com a leitura. Eu não digo, a leitura das letras, de livros, mas a que se faz das situações, das pessoas. Para responder aquela pergunta de que você me conhece? Sabe com que está falando?

Se for franca, direi para mim mesma, que também não me conheço.  A leitura ficou fragmentada, semelhante a flashes instantâneos de uma lâmpada que se apaga. É que para conhecer-me não basta bater à porta da memória. É preciso ir muito além da casa reduto.

Tenho momentos de manchetes, anuncio e pouco digo, mas desperto interesse. Noutros sou o corpo da matéria completa, mas como enfada, não vou até o fim da leitura. Refugio-me nos resumos. Bem mais prático. É aí que o pensar do momento vem à tona. E para continuar me desconhecendo, faço a leitura da orelha do livro, do que ouço e do que escuto. Pronto: está formado o estereótipo.

A saida é buscar espelhos, aqueles que suplantam a imagem, mas que são exemplos flagrantes e apreendidos do outro.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...