Biscoito


O ensinamento, diário muitas vezes oculto, fica próximo ao peito. O coração não diz porque o cérebro ocupado não escuta. E até mesmo o sentido do tato é relegado.

Desejo que os meus amores sejam como o biscoito, que caiu no bolso da minha camisa enquanto tentava matar a fome. Escorregou da mão e sumiu de vista. Olhei para baixo e apenas dei com o azul do carpete.

Horas depois, ao ter o corpo trêmulo de dor solidária pela morte do pai de uma amiga, toquei sem querer o lado esquerdo e senti algo mais firme. Estranhei, abri o orifício do bolso e lá estava o biscoito, que mesmo ignorado permanecia próximo a mim. Se você me ama, seja o meu biscoito, amigo do peito.

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  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...