Biscoito


O ensinamento, diário muitas vezes oculto, fica próximo ao peito. O coração não diz porque o cérebro ocupado não escuta. E até mesmo o sentido do tato é relegado.

Desejo que os meus amores sejam como o biscoito, que caiu no bolso da minha camisa enquanto tentava matar a fome. Escorregou da mão e sumiu de vista. Olhei para baixo e apenas dei com o azul do carpete.

Horas depois, ao ter o corpo trêmulo de dor solidária pela morte do pai de uma amiga, toquei sem querer o lado esquerdo e senti algo mais firme. Estranhei, abri o orifício do bolso e lá estava o biscoito, que mesmo ignorado permanecia próximo a mim. Se você me ama, seja o meu biscoito, amigo do peito.

Favorito

Quando eu amo coloco o meu amor no topo da lista dos favoritos. Nem penso em deletar, bloquear e, muito menos, ficar off line. Evito novos contatos - em todos os sentidos.

Filtro as noias e o spam das dúvida. Cesso o cursor para evitar caraminholas no meu rico arquivo de experiências.

Esqueço todas as senhas que me levam ao desgosto. Documento novos conteudos, novas mídias.  Costumo rever tags antigas, que recebem novos aplicativos.

O virtual é tão real quanto as cartas de amantes, que demoravam meses atravessando oceanos, amarelando com a saudade.


Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...