Sempre quando alguem conhecido se vai, fico pensando sobre este ir, tão ilógico, tão arrasador.
Se eu pudesse, saberia a resposta para morrer doi?
Nada é mais temível do que o morrer profundo. E quantas vezes cheguei a desejar? Nem sei quantas... mas recuo diante desse nada que surpreende a minha vã indagação.
Nem adianta correr atrás das letras mediunicas, que trazem mensagens de acalanto. O partir sempre será assim. Essa presença de antes ocupada literalmente pela saudade, pelo querer pegar, tocar, sentir o calor. Quero você por perto nem que seja para encher o seu saco, eu diria. Egoisticamente dolorosa é a despedida.
Peço licença a palavra, para jogar sobre o precipício, que faz eco a vida que poderia ser feliz. Toda partida segmenta a alma, que se subtrai na alegria e se expande na reflexão.
Sinceramente, quero ver dentro de mim a expectativa verde da permanência vital, o auge da tolerância finita ao que ainda não estou pronta para compreender.
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