O partir

Sempre quando alguem conhecido se vai, fico pensando sobre este ir, tão ilógico, tão arrasador.

Se eu pudesse, saberia a resposta para morrer doi?

Nada é mais temível do que o morrer profundo. E quantas vezes cheguei a desejar? Nem sei quantas... mas recuo diante desse nada que surpreende a minha vã indagação.

Nem adianta correr atrás das letras mediunicas, que trazem mensagens de acalanto. O partir sempre será assim. Essa presença de antes ocupada literalmente pela saudade, pelo querer pegar, tocar, sentir o calor. Quero você por perto nem que seja para encher o seu saco, eu diria. Egoisticamente dolorosa é a despedida.

Peço licença a palavra, para jogar sobre o precipício, que faz eco a vida que poderia ser feliz. Toda partida segmenta a alma, que se subtrai na alegria e se expande na reflexão.

Sinceramente, quero ver dentro de mim a expectativa verde da permanência vital, o auge da tolerância finita ao que ainda não estou pronta para compreender.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...