Do exílio

Quando estou me dando pra alguem sinto enorme saudade de mim.

É tão flagrante o sentimento! E só me dou conta disso quando a pessoa se afasta, seja temporariamente ou pra sempre!

Cismo o pensar: será que me basto?

Percebo que é preciso abrir guarda para deixar o outro chegar. É a tal porta entreaberta, com o fecho a prova de ladrão.

Já me senti muito ausente durante longas temporadas em que me dei.

Fui com tanta vontade que esqueci de voltar. Mas, o caminho, uma vez trilhado, é recordado e cá estou de volta, me abraçando com vontade. Saio do exílio e retorno à pátria com minhas divagações e constatações.

É um exercício fecundo. Cuidar não é tomar conta.

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