O pensar: Sob a regência....
O pensar: Sob a regência....: A minha vida foi regida pelo medo. Pensava estar sempre do lado de dentro da janela vendo a vida passar. O quadrado retia a aventura que v...
Sob a regência....
A minha vida foi regida pelo medo. Pensava estar sempre do lado de dentro da janela vendo a vida passar.
O quadrado retia a aventura que vinha de dentro e batia sempre na porta da consciência. O olhar não espreitava o final da rua que os órgãos não avistava.
Sempre dei ouvidos as batidas aceleradas do meu coração. O latejar do cérebro desapercebido tudo registrava. Nem sempre as somas eram divididas comigo. E, hoje, num "passar a limpo" das emoções, percebo que sempre estive na calçada dos sonhos, pisando forte no paralelepípedo da sorte.
O quadrado retia a aventura que vinha de dentro e batia sempre na porta da consciência. O olhar não espreitava o final da rua que os órgãos não avistava.
Sempre dei ouvidos as batidas aceleradas do meu coração. O latejar do cérebro desapercebido tudo registrava. Nem sempre as somas eram divididas comigo. E, hoje, num "passar a limpo" das emoções, percebo que sempre estive na calçada dos sonhos, pisando forte no paralelepípedo da sorte.
Flutuação
Nada é mais impaciente do que o cursor sobre o espaço em branco a espera das letras, que surgem num teclar rápido, célere, bem além do pensamento. Sequer dá tempo para entender o que vai sendo explorado, num sentir flutuante.
Escrever - já me disseram, é um vício- e nessa dependência continuo eu em busca do íntimo que se esconde. Nada me é mais conhecido do que eu mesma e nada é mais desconhecido do que a minha pessoa. Conviver com o desconhecido faz de mim um número aleatório.
Nesse liquidificar de emoções, quem sou eu e que pretendia ser? Um monte de vozes, de silêncio, de aceitação e rejeição. Ninguem torce mais por mim do que eu mesma e ninguem consegue agredir-me tanto!
Agora entendo porque as pessoas estão substituindo "peças" originais por próteses. Disfarçar é bem mais fácil.
Escrever - já me disseram, é um vício- e nessa dependência continuo eu em busca do íntimo que se esconde. Nada me é mais conhecido do que eu mesma e nada é mais desconhecido do que a minha pessoa. Conviver com o desconhecido faz de mim um número aleatório.
Nesse liquidificar de emoções, quem sou eu e que pretendia ser? Um monte de vozes, de silêncio, de aceitação e rejeição. Ninguem torce mais por mim do que eu mesma e ninguem consegue agredir-me tanto!
Agora entendo porque as pessoas estão substituindo "peças" originais por próteses. Disfarçar é bem mais fácil.
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