As nomenclaturas da vida não me definem, mas permitem que eu seja uma pessoa com registro. Quando criança, na estatística dos nascidos vivos, fui número; na escola acrescentei a disposição dos dados da educação da época, assim como na universidade e no curso de pós-graduação.
Na vida civil fui cadastrada com 12 dígitos, os quais sem eles não existiria nos bancos, no comércio, no exterior....
Nos índices da violência doméstica tem lá a minha "contribuição" e idem na discriminação preconceituosa de gênero.
No convívio social os nomes e apelidos se avolumam com o passar dos anos e da convivência com pessoas, que assim como eu convivem com a mesma realidade. Recorremos à língua portuguesa tão rica de verbetes para justificarmos o temperamento, as habilidades, na busca do aconchego do ser.
As nomenclaturas nos formatam, mas não nos influenciam a alma. São indicativos para que possamos compor esse imenso mundo de convenções e de permutas nem sempre viáveis para o nosso crescimento.
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