A dor ensina a gemer


Minha mãe costumava dizer que a dor ensina a gemer. O gemido seria um mantra solicitando alívio.Pode até não ser considerado analgésico, mas já experimentei o murmúrio acompanhado de lágrimas. Passei a escutar a dor – ah, sim ela tem som – convocando a energia presente pelo benefício da calma. E assim adormeci e sonhei que estava curada.


Um bálsamo tomou conta do corpo dolorido e a alma feliz saiu pululando no espaço. Não sei se a experiência própria já fez outros protagonistas. Luiz Gonzaga, o grande mestre da sanfona, aboiava – diziam – para libertar-se das dores provocadas pela osteoporose que o consumia.

Gonzaga não foi vaqueiro, mas cantou a aventura de ser, assim como a faina dos nordestinos pela sobrevivência. Hoje, a dor tem como causa o medo: pela vida, pela família. A dor é mais moral do que física, sendo assim, nem a medicina e muito menos os medicamentos irão curá-la.

No entanto, o remédio nós sabemos o nome criado pela nossa invenção. Tem quatro letras apenas, um resumo para algo tão grandioso que nos foge a compreensão: amor.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...