Morte da jangada



Estava lendo sobre o aniversário de morte do jangadeiro Jacaré e lembrei também que o símbolo do Ceará, a jangada, está aos poucos sendo deixada à margem do interesse.

A terra da luz, a cidade desposada do sol está para pedir o desquite. Não se fala mais em romances ao por- do- sol, casais com olhares de esperança, prometendo vida longa além da linha do horizonte.

A orla marítima que nos saudava com a brisa, temperando os nossos sonhos, hoje bate no paredão dos edíficios luxuosos para cearense apenas olhar e ficar imaginando quem está entre aquelas paredes.



E do lado de cá, no calçadão, as pernas estão de fora não mais para estimular a melanina, mas são as nossas meninas desnudas de fé em dias melhores, fazendo a festa dos gringos. Não é só para lamentar, é para cobrar ação.




O que diria Manoel Olímpio de Meira, nosso jangadeiro que morreu na praia da Tijuca, no Rio, na esperança do estrelato. O homem que conversava baixinho com as estrelas, que lhe ensinava o caminho do mar, sem curvas e sem farol.

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