Nunca fui guerreira




Nunca me senti confortável quando alguém dizia que sou uma guerreira. 

Por que tenho que chamar de armas as ferramentas que uso para sobreviver? 

Os desafios são trincheiras?  Contra quem estou guerreando? 

Ah, tá, há muita encrenca para o lado do nosso gênero e os "inimigos" ainda nos matam. Mas, o que estou falando aqui e agora é sobre outro tipo de definição que a mídia alimenta: o combate ao tempo no corpo.

Todos os momentos da vida lido com esta palavra e o possível terror de envelhecer. 

Ainda bem que não tenho. Sendo assim, chega de me convidar para usar cremes para combater rugas, flacidez.... 

É claro que me exercito. Os músculos precisam ser fortalecidos. Mas, o que quero mesmo é dizer que com o tal peso da idade, a vaidade de ser uma mulher atleta, gostosa, foi substituída por ter mais tempo para cuidar de mim. Afinal, agachar sem gemer é o meu maior desejo. 

Meninas, a combatente aqui quer paz! Eu não estou pedindo licença para mostrar os braços flácidos.


Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...