Mimetismo


Na sociedade mimética, do faz de conta, ser sincera me fez escapar de muitos constrangimentos. Principalmente na área profissional. Fazer matérias com microfones na mão, na hora de encarar o entrevistado é, no mínimo um sofrimento que faz gelar veias. E quando não se sabe absolutamene nada sobre o assunto? Aí a coisa pega.


Uma certa vez, fui lá com papel em punho, lendo sobre a coletiva que partiparia. Não sabia patavina. Mas, fui! A primeira coletiva ninguém esquece. Fiquei ouvindo os colegas com suas longas perguntas. Um deles, já antigo na área, fez um "arrodeio" enfeitou e alguns minutos depois, finalmente fez a pergunta.


Olhando para o entrevistado, percebi certo enfado. Ou era eu, doida para aprender e ouvindo o errado? Foram tantas interrogações prolixas que, ao final, anotando as respostas, saí da coletiva como entrei: boca cerrada.



H continua mudo

Ontem, foi o dia internacional da alfabetização. E lá vem os números: o Brasil tem 14,1 milhões de brasileiros (10,5% da população maior de 15 anos) que não sabem ler nem escrever.

Eu nem sei o que mais me choca, se o resultado absoluto dos que não têm acesso à escola ou se a ignorância persistente dos que vão às salas de aula todos os dias. Desse fato, não tenho o número, mas acredito que seja suficiente para continuar me espantando!

Como trabalho com as letras - e já escancarei aqui que não domino a língua por completo por inúmeras razões - sofro quando alguém retira o H (deve ser porque é mudo) do verbo e utiliza-o, mudando a função para um simples artigo feminino.

O coitado do S nem chia mais porque se tornou aliado do X e do Ch. A tal globalização está me deixando tão confusa... Mas, o que mais me chateia é ouvir no rádio, ao final de uma frase, o locutor, dizer revelou fulano.

Arre!

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...