A pena


Ao observar uma pena, que se entregou ao vento, sigo com o olhar e tento esvaziar a mente. 

E se eu fosse a pena, flutuaria no espaço sem a nada me agarrar. 

Solta! 

Dançaria sem música, apenas no movimento da leveza. 

Sem medo de cair, caso o vento parasse de soprar. 

Não teria sentidos... 

Apenas flutuaria sem a existência pesarosa. 

Seria linda, branca sem matizes, 

sem arrepios... 

Valeria à pena, se eu fosse uma pena?

Narcélio, a vitrine que espelha

 "Quero morrer trabalhando. Não aposentarei atividades. O rádio é a minha vida". Frases repetidas, inúmeras vezes pelo amigo Narcé...