Morando fora do relógio

Hoje vou falar da minha relação com o relógio. Esse aparelhinho inventado no início da era cristã por um chinês e que foi revolucionando o mundo e nos colocando na jaula do tempo. 

Sim, os ponteiros nos regem e os dígitos também. 

Ah, mas não estou aqui para contar a história desse domador e ditador, não! O que quero expressar é a minha quase total liberdade das horas. 

Ah... pois não é que  consigo ficar sossegada diante do passar do dia? E a noite que eu devorava com ânsia para dormir e, ao mesmo tempo, correndo para aproveitar os sinos e suas badalações...

O correr do tempo e da hora.... quanta imaginação e fantasias cabem nesse nicho. 



Quando eu encarolava as ideias, julgando um despertar nítido com direito a sol, escapava que nem passarinho ansioso pelo primeiro bater das asas. 

Eu não me faço de rogada pelo tempo e percebo que soube bem aproveitar as horas ditadas, as de espera, as de espanto, as de ânsia e, por fim, da calmaria. 

É um exercício perceber-se ponteiro e, buscando lá no fundo do ouvir, um badalar me chamando para a vida!

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...