Helen Keller, a mulher que lia com os dedos




Descobri-me madura depois de conquistar o respeito pela educação e, notadamente, pelos educadores. São seres fantásticos! Absolutamente imprevisíveis no desprendimento.




Realmente, a educação é a maior prova de amor que podemos passar adiante. O mundo é povoado, graças à providência divina, por almas disciplinadas, que já perceberam o advir.




Quando estou diante de um educador, experimento uma emoção inigualável. E na tentativa de chegar mais próximo, sem a pretensão de imitá-lo, trago para este espaço, a educadora Helen Adams Keller.




É vital conhecer a história dessa mulher.

Detone a fofoca


Assim como o Ministério da Saúde adverte a população sobre os riscos de certos remédios e medicamentos, o Ministério do Trabalho deveria advertir contra um dos maiores males existentes no mundo: a fofoca.


O fofoqueiro não se dá conta de que é e, muito menos, do mal que comete contra outros e contra a si. Bisbilhota a vida profissional, tenta saber quanto ganha o colega; cerca-o de mansinho, aparentando amizade que não existe; é solícito e, acima de tudo oportunista.


Ser alvo do fofoqueiro é um grande risco. E se for na onda, vai se perder, com certeza. Como jornalista, sempre tive cuidado com o boato e nunca acreditei naquela velha expressão "onde tem fumaça, tem fogo". Normalmente, a fogueira é alimentada pela vaidade.


Ás vezes, para ver até onde a cacimba, digo fofoqueiro, pega corda, estico o ouvido para tomar par do terreno pantonoso da malícia. Mas, não me permito ir além. É preciso tomar veneno para descobrir a resistência do organismo?


O melhor remédio para o mal, é evitá-lo. E não pense que ouvindo a malícia você irá se tornar uma pessoa bem informada. Nesse item, o melhor é continuar ignorando. E se você não resiste aos comentários que não podem ser repetidos diante da pessoa alvo, se liga!


Ninguém é mais interessante do que você mesmo para merecer uma análise profunda. Gaste suas energia consigo. Nós somos tão interessantes. Tão ricos!

Pestalozzi


Estou lendo sobre Johann Heinrich Pestalozzi. Vejo que a educação é um desafio intenso. E para ser educador, antes de tudo, é preciso se educar.


Educar para aprender a conviver principalmente com o descaso, a indiferença e, quem diria, o preconceito.


Se você não conhece o homem que apostou na educação do homem, leia. Incentive-se. É provável que identifique o elo perdido da evolução humana.
Educar é amar o próximo, de fato, como anunciou o nosso irmão maior.

Na fila


O termo mais utilizado no momento é otimizar. Só que quando você vai à uma agência bancária, por exemplo, a otimização requer paciência como tudo o mais. Ou seja, você não escapa da fila de espera.


Com todo o desalento meu, faço leitura diferente quando escuto alguém dizer: "estamos modificando o nosso atendimento". Aos meus olhos e aos ponteiros do relógio, arremedo: estamos piorando o nosso atendimento.


São processos tão simples, por exemplo, uma pequena informação para saber aonde posso me informar sobre algo que não compreendo. E fico lá, na fila, remoendo o que pode ser tão mais detestável do que fazer parte de um sistema onde se é dirigido por números.

Se esquecer a senha, babou!


Acredito, que a maioria dos que necessitam ir aos bancos, escritórios ou tudo o que representa acúmulo de números deve conter o mesmo nível de desgosto. Mesmo assim, é preciso entrar no clima de que tudo passa.


É um tal de entra na fila para se informar, receber, sacar, pagar, descontar, negociar, financiar, emprestar, rolar a dívida, e xingar!


Você já ouviu alguém dar gargalhadas num banco? Pois fique perto de mim, um dia desses. Eu aprendi a rir de tudo que não gosto. Incluindo aí as taxas, as moras, os juros, cpmf(quer piada maior?)

Quando se guarda é sempre jovem



Hoje, pelo menos, neste momento, não tenho 51, tenho 15. O mágico da reversão do tempo, um cantor, ou melhor cantores bem afinados que trouxeram de volta as músicas que embalaram os meus sonhos de menina-moça(é o novo!).

Pois é, "ai de mim, querida ai de mim", quantas vezes repeti acompanhando os passos suaves da dança da época. As letras sempre tão simples falavam de um amor às vezes inatingível que "fazia o coração parar". Eles continuaram entoando, trazendo o balanço, que ainda acompanho porque não agride o já histórico corpo meu.
Não vou mais longe do que isso. Não me atrevo. Não quero os 15 anos de volta, ah, não! Não me negaria a experiência do riso, da dor, do desconsolo e tantas vezes do ombro amigo que se debruçou e ainda se debruça, ofertando-me apoio. Nada é mais apreciável e prazeroso do que a lembrança de tempos somados aos amigos.

Sonhos? ah, sim, eu sonhava. Ou melhor, interpretava uma personagem diferente. Eu fui uma mulher atraente, linda, forte, poderosa. Conquistava a todos, ou melhor, dominava. Na minha pequenez de persona e de gigantesca ignorância da vida, eu queria o poder sem me preocupar que, apesar de atraente, o poder é tão efêmero.

Sempre passa e muito rápido. O pior é ter que conviver com isso. As seqüelas de quem faz do poder a única opção da vida, e vê na oportunidade uma forma de estar por cima e acima de todos.


"Se eu fosse você não faria o que você faz", letra sugestiva dos nossos compositores da Jovem Guarda, hoje Velha Guarda, que eu guardo na lembrança gostosa, embalando o sonho de ser melhor. A grandeza desejada, passou. Ainda bem.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...