No saque


Há coisas que a gente faz porque ninguém está olhando.

Outras, a gente faz e não se preocupa que tudo seja visto.

Acontece que nem tudo é olhado com os olhos do dono.

É o que acho a respeito dos cartões corporativos, cheque sem limites para uma vontade danada de gastar sem responsabilidades.

Só que a tudo a gente responde, cedo ou tarde, mas responde!

Em defesa da vida


A Igreja Católica, mais uma vez, sai em defesa da vida. A sua determinação nem sempre consegue adeptos voluntários por viver na totalidade do ser. Queremos vida longa, mas o que fazemos para esticar o tempo por aqui?


A Igreja não desiste e lança mais uma vez persistente apelo. A campanha da Fraternidade vem abafar a euforia desenfreada que a grande maioria lança como se despedida fosse de um mundo festeiro, onde a felicidade tem tempo limitado.


A vida não tem limites. Só o tempo é finito, porque uma vez invenção humana, é suscetível de mudanças. Escolhe pois a vida é a sugestão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Nada mais é tão colorido do que manter a fé da continuidade do vigor das células e da resistência do espírito.

Descartável


A prática do descartável está acelerando o comprometimento do meio ambiente. Mas, as idéias para salvar a Terra não são descartáveis, como a do professor da Escola Técnica Federal do Rio de Janeiro, Haroldo Matos de Lemos, por exemplo.


Ele aconselha o uso contínuo das sacolas de plásticos nos supermercados, as quais deveriam ser pagas pelos consumidores. Confesso que não suporto plásticos e os que trazem os alimentos são reaproveitados para o lixo. Também sou adepta do fim das sacolas descartáveis.

O consumo desenfreado também compromete a tranquilidade que tem nele o adversário. Como diz a música: é preciso saber viver e a nossa escola a tudo suporta, mas no final, nos reprova. E nós reincidentes naturalmente, pedimos o obséquio de continuar tentando.

Pensar


Ser pretencioso é tão fácil. Basta falar e imaginar sobre algo que desconhece na essência. Assim sou eu agora. Aqui, na cozinha da minha casa, lugar de predileção devido ao seu tamanho que me permite escrever como se estivesse num escritório, ver quem chega e olhar para o quintal, o meu canto verde.

Neste pequeno mundo jogo o olhar para o que ocorre lá fora e como se pudesse fitar de cima, vejo a multidão esquecida da felicidade, sorvendo a energia do fluido vital como se fosse o último gole de bebida. É a turma do funil, que bebe e me deixa tonta. Outros apertam os corpos entre si num frenesi em busca de preencher o vazio que toma conta de nós, num querer resolver a solidão.

Desperdiçando a energia sexual como se não fosse criadora, sem perceber o quão distante ficamos do outro; chorando a morte na estrada; culpando a folia pela perda da alegria e deixando para depois a queda da máscara.

Devido ao meu pouco reconhecimento fico perplexa diante do que sou e do que consumo. O mal não apenas entra pela boca, por isso sai mais fortalecido do coração. Perco tanto tempo julgando e querendo me afastar do que sou. Num suspiro, encerro esse pensar porque o fogo consome o almoço. E como o feijão, deixo-me penetrar pelo calor e amoleço com ajuda do vapor.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...