Nesta necessidade minha de escrever diariamente ou todo o tempo da minha vida, andei vasculhando sobre essa necessidade vital de outros escritores. Vi neles suas finalidades e pretensamente quis igualar-me. Sim, é necessário portar e postar letras unidas em palavras para parafrasear e contar sobre os acontecimentos diários. Nisso eu me sustento literalmente. O jornalismo me força a isso.
Nas letras eu me perco ou me encontro. Nessa estrada nem sempre asfaltada pela razão, vou pulando os obstáculos e surpreendendo-me na proeza de vencê-los. É prazeroso. Aí já não escrevo para pagar as contas somente,
mas para manter a mente desocupada. Sim, porque é de uma leveza esse trabalho que dispenso o cansaço físico.
Não estou aqui para ser entendida, mas quero ser lida. É uma vontade enorme de lançar ao mundo palavras que chegam e que vão tão rápido, o que me obriga, muitas vezes a ter sempre um caderninho de anotações e uma caneta que não falha. E quando isso ocorre lá se foi a inspiração.
Nesse diário íntimo, que não tem nada de obscuro e que pode ser lido por qualquer um que se habilite, vou me expondo sem medo, sem sequer pensar, que posso um dia ser admirada. É o exercício meu diário, de deleitar-me no teclado, meu berço de estimação.
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