Eu não digo sentir vontade de comer, de sentir o vazio no estômago e, logo mais, fartar-se, ou correr pra casa e descolar um rango, ou melhor, frango.
Eu falo da fome da ausência completa de recursos. É um dos momentos de maior solidão que alguém pode sentir. E vem em fartura, aos montes!
Li há pouco sobre nova estatística brasileira. Elas assustam, mas logo o susto passa e os abandonados continuam como tal.
São 40% da população brasileira, 72 milhões de pessoas famintas. E ainda há gente perguntando por que tanta violência? A fome é a maior delas.
Como entender direitos quando o dever de casa é passar fome? É olhar ao lado, para os filhos, diante da ausência de tudo?
Como querer sensibilizar para as campanhas de respeito 'a cidadania, alguém que nao vivencia esse direito vital na sociedade?
A fome é a angústia que se propaga nas periferias, alcança o assalariado e mata o esquecido.
Sociedade assustada
Todos nós merecemos atenção não importa quais as nossas escolhas. A falta dela nos deixa reféns das situações constrangedoras e perigosas.
O homem sempre necessitado de afeto, se perde em meio 'as ações que protagoniza. E isso nos mostra o quanto somos esquecidos e esquecedores. Quantos de nós já buscou, de fato, resolver a questão da insegurança psicológica?
E quantas vezes já tentamos resolver, de fato, a violência ainda resistente 'as mudanças?
O comportamento de hoje é a soma das experiências bem sucedidas ou fracassadas do ontem e, com certeza, o fruto a ser colhido num futuro próximo. Vivemos momentos de angústias diante da presente violência que nos atinge.
A sociedade como um todo responde a isso. Vivemos amedrontados porque conhecemos de perto os resultados trágicos do sentimento da raiva, alimentada por um processo psicoadaptado na omissão.
Agora, mais do que nunca é preciso meditar diante da tensão provocada pela revanche dos que optaram pelo crime. É preciso acreditar na mudança que virá, mas não de braços cruzados. Quando se pensa em mudança se pensa em ação.
Não só basta alimentar o medo e fingir que o mal está longe de nós. É preciso querer entender o processo social da exclusão.
A questão não compete apenas aos órgãos de segurança, mas envolve a todos nós porque, de certa forma, alimentamos todas as dores que hoje são expostas. A sociedade está ferida, muito ferida.
O homem sempre necessitado de afeto, se perde em meio 'as ações que protagoniza. E isso nos mostra o quanto somos esquecidos e esquecedores. Quantos de nós já buscou, de fato, resolver a questão da insegurança psicológica?
E quantas vezes já tentamos resolver, de fato, a violência ainda resistente 'as mudanças?
O comportamento de hoje é a soma das experiências bem sucedidas ou fracassadas do ontem e, com certeza, o fruto a ser colhido num futuro próximo. Vivemos momentos de angústias diante da presente violência que nos atinge.
A sociedade como um todo responde a isso. Vivemos amedrontados porque conhecemos de perto os resultados trágicos do sentimento da raiva, alimentada por um processo psicoadaptado na omissão.
Agora, mais do que nunca é preciso meditar diante da tensão provocada pela revanche dos que optaram pelo crime. É preciso acreditar na mudança que virá, mas não de braços cruzados. Quando se pensa em mudança se pensa em ação.
Não só basta alimentar o medo e fingir que o mal está longe de nós. É preciso querer entender o processo social da exclusão.
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