Estava ainda sob o êxtase da vivência feliz do encontro de amigos. Foi assim que senti -e sou fiel as minhas impressões-, do lançamento do livro da minha grande mestra Adísia Sá. O livro Em Busca de Iracema ainda não foi devorado pelos olhos como merece a obra(uma virose cruel roubou-me esse direito que logo mais terei) assim que puder usufruir esse afã.
Não mais que de repente na primeira página do Jornal O Povo eis o que vejo: a estátua de Iracema, a nossa virgem mais uma vez vilependiada: deceparam-lhe as mãos e lhe arrancaram o arco. Uma personagem cearense agredida na sua pureza criativa. E cismo o pensar sobre qual seria o prazer da destruição senão o desejo de quebrar a si mesmo.
Fixando a foto de Adísia Sá no painel da rádio FM Assembleia, com o seu par de olhos a perscrutarem a minha exaltação, suplico uma resposta e quase posso ouvir suas afirmativas – sim, Adísia não fala apenas, ela sempre afirma: Abreu, não espere que os outros faça o que você acredita. Faça você mesma.