Por Cecília


Deus não precisa de nosso crédito, ele existe! Estava lendo sobre o que pensam os famosos sobre o criador do universo, que todos os momentos perpetua a criação, num criar infinito, longe da nossa compreensão.

Assim começava este post interrompido por uma mais nova criatura, que invadiu a minha rotina do final-de-semana, que dá tanto prazer que cansa!

Mas, é um afagar gostoso, diante desse olhar que promete ir em busca da infância feliz. É porque para nós ignorar a realidade é ser leve. Sorrir sem a preocupação do que o outro vai perceber, responder.

Assim é Cecília, minha netinha, que adora disputar o notebook, demonstra fascínio pelas teclas e esperneia sorrindo ao toque do celular. É o bebê do futuro de ontem e a adulta de amanhã, distante do hoje.

Você percebe porque só agora estou atualizando o blog? E porque larguei tudo e curtimos nossa companhia numa confortável rede?

Porque as flores murcham


Estava olhando o vaso transparente, permitindo ver os talos da indefesa planta colhida por um florista habilidoso. Amarela flor, imito a cor quando algo me choca. Sou amarela quando sinto fome, quando sorrio sem querer. A flor, não. É amarela por natureza, sem melindres, humores diversos.


Fica ali, depositada, sorvendo a água, sem demonstrar sede. Escuta sem ouvir os meus ruídos, queixumes, pensamentos nervosos, típicos de gestor na implantação de uma mídia. Só espero não amarelar.


Quero ser amarela-flor, viçosa apesar de ceifada dos galhos que prende à vida. Mas, sem lamentar porque viver é libertar-se.


Só pra dizer que não perco a poesia, apesar dos desafios.

Spam(ta)


O que você vê na caixa postal? Confesso que as vezes apago mensagens sem ler. É aquela poluição enviada por colegas e até amigos, só para dizer que não me esqueceu, ou que esqueceu de me tirar do grupo formado.

Neste momento em que as formas de se passar informações são melhores do que há para falar, contar, a moda é encaminhar o que recebe porque é bonitinho, o texto é altruísta, mas sem nem um oi, como vai? Apago mesmo. É desdém para a possibilidade técnica e para os criadores dos sistemas que se matam para evoluir.

Bom mesmo era esperar pelo carteiro. Quanta ansiedade à espera de uma frase carinhosa... Por isso que o romantismo demorava mais e as relações também. Hoje, basta um clique e você está bloqueado, impedido o acesso.

Nada pior do que ser descartado sem, sequer, ter tempo de contestar.

Em busca do tom


Acabo de ganhar um presente que há muito esperava: um livro contando e apresentando a história e músicas de Luiz Gonzaga, de autoria do coronel reformado José Marcelo Leal Barbosa, que diz ser leal até no nome.




Vale a pena conferir a obra porque o argumento do rei do baião é forte. Cresci ouvindo o sanfoneiro bom e com ele aprendi os primeiros passos. Mas, quando criança o que se chama vulgarmente de forró, só era exibido e executado nas festas temáticas do mês de junho. Fora essa data, era breguice. Tão diferente de hoje que ser brega é ser in.


Um dia, comentando com amigos o valor de Luiz Gonzaga, alguns deles desinformados, disseram que não viam o artista como eu. Foi nesse momento que cantei Samarica Parteira contando as dores das mulheres do sertão que não tem acesso aos serviços médicos. Depois da explanação, todos foram unânimes em afirmar que o rei do baião nunca irá perder a coroa.

A melhor experiência


No ar, a FM Assembléia! Uma experiência de prazer que ninguém vai me tirar. Realmente, amo o que faço. A população ganha mais uma opção para se informar. O nosso maior desejo é que a mídia institucional, que vai transmitir os trabalhos do Parlamento Estadual, receba a audiência que merece!


Plagiando o amigo Eduardo, que há pouco tempo descreveu uma experiência desagradável, venho aqui mostrar a minha melhor experiência. Permita-me o entusiasmo.


FM Assembléia 96,7 com você no centro das discussões.


O que está por trás da piada?


Não sei não, mas o cismar fica latejando quando assisto alguns programas, que levam o nome humorístico. Personagens caricatos são o argumento de todos eles. São razões para piada - e nem sempre para risos - o peso acima do que o esqueleto agüenta, a sexualidade e a miséria. Por que rimos de alguns?

Eu sei que ri do problema é uma boa alternativa para aliviar a dor do momento, mas quando se trata de assuntos que o tempo da dor não tem limites, não sei não... Estava vendo ontem, por falta quase falta de opção, o programa Zorra Total da TV Globo, quando vi uma das personagens que se farta de comer doces, numa demonstração mais de abuso do que pelo prazer. E ao passar uma receita "nutritriva" a base de guloseimas para a personagem interpretada pela cantora Kelly Key, recebeu xingamentos merecedores de processo na Justiça!

Já tive quilos a mais e confesso que nada mais me irritava do que ficar ouvindo pessoas substituindo o amistoso olá por nossa como você engordou!

Na TV, com rarísssimas exceções, o ator é medido e indicado não pelo talento, mas pelo corpo. Aliás, não é só na TV o que está enriquecendo e colocando em risco a vida de muitos, com a demanda sem controle de plásticas.

No Canal E! Entertainment, uma outra matéria incentivando a plástica dos seios, notórias exibem com satisfação o falso seio, com a maior naturalidade. No mundo real, a flacidez provocada pelo ato de alimentar o filho deveria ser normal. Mas, pelo que se vê, a ilusão está falando mais forte com o argumento de melhorar a auto-estima.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...