Eu vivo reclamando respeito. Fico insistindo horas a fio até perceber que o reclamado deveria ser dado voluntariamente. Assim é o entusiasmo, que como febre, baixa logo após a ingestão de um antitérmico.
Lembro que muitas vezes elevei a temperatura e, noutras, congelei. Já cortei metros infindáveis de tecido para vestir o que cheguei a nomear de fracasso. Hoje, quero tirar dos ombros a manta do orgulho e do egoismo encrustados para despir-me da presunção.
É preciso estar sóbria para embriagar-me com a esperança de renovação.