Em busca de um título

Quem quiser liberte o pensar para considerar que estou com papo de velha. Mas, os 55 anos de existência terrena permitem-me alongar o olhar para espaços que antes considerava vazios.

Sentada com a cabeça no ombro - de fato - recordo frases soltas e risos entrecortados de saudade de minha amiga Brioso. Pelo menos duas vezes ao ano (Natal e Ano Novo) teciamos conversas agradáveis horas a fio.

Interessante o efeito da dor. Sempre bate uma saudade do reconhecimento das alternativas. Só passei a sentir alívio depois de profundas investidas da vida.

Amigos outros estão retornando à pátria verdadeira: o universo infindo. E eu aqui, que cismo de não viver de recordações, visto-me de verde, lanço ideias no azul e piso na indefinida cor do presente.

A saudade não entristece, apenas lembra-me de quão felizes podemos ser.

Na TV, na rua, em mim

Hoje eu vi na TV uma mãe roubando a cena, ou seria sendo roubada? Ela gritava para a câmera da TV e para o microfone do repórter a sua dor por ter aos pés o filho baleado na perna. Eu estava bem perto dali só que não tinha ideia do que ocorria. Foi no final de semana, mais um jovem no chão dando entrevista, clamando por inocência.

O repórter cumprindo pauta só mostrava e interrogava. Pensei se não seria o caso de largar a tarefa e levar a vítima para o hospital... eu não entendo por que é mais válido mostrar o crime, a vítima praguejar contra a polícia, enquanto o socorro está na UTI da indiferença.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...