Apenas um show


Navegando na Net, vi que hoje é aniversário de Bruno Barreto, um dos maiores cineastas do momento. Não tive ainda a oportunidade de conhecê-lo, mas foi trabalhando na redação da rádio O Povo, que cheguei a conhecer artistas que enlouqueciam as cearenses.


Fábio Júnior, no auge da carreira, foi um dos causadores do terremoto que destruiu o jardim da empresa O Povo. Foram tantas fãs enlouquecidas querendo vê-lo, tocá-lo, que fui obrigada a trancar a sala onde trabalhava para evitar que fosse machucada. Estava grávida do meu terceiro filho.


Da janela de vidro assistia sem ter a compreensão real do que ocorria: dezenas de mulheres em cima dos veículos a exibirem o corpo num convite desesperador. Algumas chegaram a promover streaptease, num gesto de admiração(?) Não sei, realmente, nunca fui à loucura por conta de um ídolo.


Fábio Júnior foi obrigado a escalar o telhado da sede onde funcionava a emissora e, lá de cima, cumprimentou e ensaiou duas músicas, numa tentativa de acalmar as mais afoitas. Qual nada! detonaram os jardins.


Foi uma cena improvisada, mostrando que a nossa equipe estava sempre pronta para os desafios. O comunicador Ronaldo César em cima do telhado, tentando se equilibrar com o microfone também enlouquecia as fãs. Que tempo glorioso!

Na defesa do consumidor


Neste espaço tomo a liberdade de expor a minha opinião, ou melhor, os meus sentimentos com relação à nossa realidade. A defesa do consumidor quando começou encontrou resistência como toda mudança.


Foi na AM do Povo que a luta ganhou força. Todos os dias, pela manhã, a procuradora geral da Justiça, Socorro França tirava as dúvidas dos ouvintes e da população geral sobre os direitos de consumir produtos com qualidade e por preços compatíveis com o mercado.


Lembro, que eu mesma sofri discriminação, como dona-de-casa quando reclamava qualidade e preço dos produtos consumidos na minha casa. Aliás já escrevi aqui sobre isso.


A AM do povo não parou por aí, criamos ouvidorias outras, o momento do ouvidor para falar sobre os reclames e direitos na prestação de serviços.


O pioneirismo na informação e na prestação de serviços razões pelas quais o rádio está no ar, ainda, são argumentos vitais da Companheira.

No Orkut


Criei uma comunidade para abrigar profissionais que tiveram a oportunidade de fazer a AM do Povo. E também para tornar mais próximos colegas de trabalho que o tempo nos obriga a distância.


Para alegria e conforto alguns dos meus amigos estão presentes. Rita Célia atendeu ao apelo. Nós nos conhecemos desde à época da faculdade. Costumávamos sentar no chão, olhando para a Avenida da Universidade. O assunto em pauta nada tinha a ver com que vivenciamos ao longo do tempo.


Hoje somos avós, e tenha certeza, nunca o tema esteve nas nossas previsões. Nos encontramos algum tempo depois, na rádio, as duas com filhos pequenos. Rita continua na empresa, na redação do Povo, acumulando prêmios pela excelência do seu talento.


Nada mais autêntico do que falar sobre nós mesmos, quando nos sentimos à vontade para fazê-lo. Hoje, vou capturar da comunidade Já fui da AM do Povo, depoimento da minha amiga Rita Célia, postado no dia 31/08/05 .


Meu primeiro emprego



"Foi na Rádio O POVO que comecei minha vida profissional. Foi trabalhando lá que
conheci meu marido, casei, tive filhos. Jamais esquecerei essa rádio
maravilhosa. Tenho saudades da nossa turma prá lá de genial: Fabreu,
Socorrinha, Maryzinha (que ainda está lá), Nonato, Carlos Augusto (o amigão
como lembra a Débora Lima), Paulo Oliveira, Paulo Roberto, Tertuliano Siqueira...ihhh são tantos. E nossa direção as queridas Carmem Lúcia Dummar
Azulay e Adísia Sá...como posso esquecer esse tempo maravilhoso. Marcou a minha
vida e de meus filhos que viviam por lá... Amo essa rádio!!!! "














Os alagados


Sabe quando se está perdido no trânsito em meio à chuva e ruas transformadas em rios? Aí, no desespero mais controlado (se é que pode) liga-se o rádio e uma voz, no mínimo calma, deixando fluir toda a amizade e o prazer no que faz vai lhe informando, sem que você pergunte, qual a melhor alternativa de se mover e sair do sufoco?


Pois é, a rádio O Povo, a Companheira de sempre, é assim. Certa feita, Fortaleza foi totalmente alagada, foi a maior chuva que já vi por aqui. Foi no dia 24 de abril de 1998. Foram 270,6 milímetros de água, 403 desabrigados, 2.830 casas alagadas, 95 desabamentos e, pelo menos, uma vítima fatal.

Mesmo que quisesse ir para casa, à época residia no Montese, não poderia. A água do canal do Jardim América transbordou e tomou conta de tudo.
Ficamos também molhados, porque a cobertura da sede da rádio não suportou o peso de tanta água. Mas, não paramos o serviço. Nonato Albuquerque , totalmente ilhado, fez o programa do seu apartamento. Como? Simples, ligamos para ele e o âncora segurou firme o programa.

Tivemos a idéia de fazer parceria com os motoristas de táxis. Eles nos indicavam por telefone as ruas em situações piores e as que podiam ainda ser transitadas. O país ficou conhecendo a nossa situação por meio dos flashs que se repetiram durante todo o dia.
Sem sairmos da redação víamos e ouvíamos a todos fortalezenses. A Companheira tem disso. Faz todo mundo de repórter.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...