Pra começar bem


Eu sou do tipo que acredita que todos os dias são momentos renováveis. E virada de ano então, nem se fala!

É uma preparação otimista porque a fé me persegue e se instalou de vez na minha vida.

Não leio prognóstico de horóscopo, já passei dessa fase. Agora, busco nas cores da amizade o prazer de continuar por aqui.

E nesse 2007, o que mais quero é continuar abraçando os meus amigos. Quanto ao resto... tudo continuará igual, sendo perseguido com o mesmo otimismo.

E para dizer que não falei da mídia, eu desejo muito não ter que ler matérias como esta.

Menino ou menina?


O mundo é de cores para as grávidas e mãe delas. Ficamos em dúvida entre os verdes, rosas, amarelos e azuis. Quem foi que disse que azul é cor masculina e rosa feminina? Em meio a tantas convenções nossas, confesso que fiquei frustrada ao assistir sem compreender patavina, o exame de ultrasonografia.

Na realidade, é uma invasão de privacidade sem tamanho porque sempre considerei que o útero materno é o melhor lugar do mundo, mais aconchegante e onde todos deveríamos estar super-protegidos. Mas, não estamos.

Hoje, a tecnologia nos permite ver, curtir já o pequenino que pulsa com vontade alheio à nossa curiosidade. Como disse, não entendi o que vi. O médico também não ajudou. Limitou-se egoísticamente no seu saber a responder a algumas perguntas feitas pela minha ansiosa filha. Eu nunca vi tamanho desinteresse.

Será que os médicos estão perdendo a emoção? De tantas vezes repetidas ações diante do monitor do aparelho cujo nome me escapa, apenas se restringe a medir, calcular e pronto? Não acredito, sinceramente, que a repetição de um gesto nos tire a emoção. Que nos digam os torcedores de futebol, que explodem de emoção durante os 90 minutos de uma partida decisiva.

E o tal médico, que também não sei o nome, permaneceu de costas pra mim, para avó, e para o pai também. Quanto desprezo! E a minha filha esticando o olho na tentativa de ver o que se passava em preto e branco.

O sexo do bebê continua em mistério porque ele ou ela manteve as pernas próximas demais, quase cruzadas, e ainda contou com a colaboração do umbigo para nos esconder o gênero.

E eu ali com um olhar no monitor e outro nas costas do médico indiferente, que ainda respondia baixo às perguntas da mãe estreante. Saímos do consultório com um misto de desgosto e de raiva. Sim, porque a emoção nossa nem sempre é experimentada pelo outro. Mas, será que não está no tempo de os médicos lembrarem que são humanos e a que a gestação é maior resposta de Deus para as nossas angustiadas indagações?

Pois, neste momento, eu digo ao meu segundo netinho, que eu o vi e não entendi, mas compreendo perfeitamente que todo o amor do mundo eu lhe darei. Seja bem vindo, não importa a cor que vá usar.

Por um fio


Estamos por um fio para compreender a perfeição tecnológica.
A vontade irrestível de gostar do outro.
E de entender que as diferenças somam o sentimento de fraternidade;
Diminuem a distância
Multiplicam as ações sociais;
Dividem e delegam os líderes missionários.
Tudo isso com o fito de vencer a maior barreira para o nosso crescimento: nós mesmos.

Novo ano, nova vida


Ano Novo, vida nova. Este é o chavão da oportunidade. Antes de reclamar, eu vou aproveitar para modificar algumas atitudes minhas. Muitas são velhas e me acompanham desde o berço. Outras, acabei de adquirir e, confesso, que ainda não me acostumei. Destas, com certeza, vou me livrar com mais facilidade. No entanto, as duradouras...

Mas, se a ordem é renovar, vamos lá! Mãos à obra que a vida é mansa para os mansos, inquieta para os ansiosos, lenta para os vagarosos e dolorida para os que cultuam a dor. Falando nisso, eu quero fazer um monte de desejos.

Se alguém me perguntasse o que eu gostaria para o 2007, por ordem de prioridade eu diria a manutenção do meu emprego; saúde, ou resistência às doenças; grana para continuar garantindo o sistema de aluguel que eu vivo. Isso, porque neste país não é preciso comprar para ficar devendo.

Se eu quero um grande amor? Sim!! quero continuar com ele, pensando, curtindo e sentindo saudades por conta da distância física.

Mas, o que mais desejo é espaço no mercado, e que a mídia, por sua vez, aprenda a respeitar o homem que faz, que escreve, que lê e, ainda os que não fazem por falta de oportunidade; os analfabetos, alijados do processo da escrita e os que não compreendem porque ler é uma liberdade apenas sonhada.

E como representante do sexo feminino, desejo que nós mulheres possamos parir mais idéias para conquistar a valorização da vida. A mídia só é feminina no gênero, porque ainda se esquece de mostrar a mulher brasileira em sua plenitude.

Por este motivo, destaco aqui, matéria do Observatório da Imprensa, idéia boa que deve vigorar e se fazer presente nas nossas vidas.

"Amigo é para guardar..."


No início do meu crescer já sentia a dor, que naquela época revoltava. Por um bom tempo a companhia incômoda fazia-se perceber e,eu ainda briguenta, queria distância. Sentia, mas não dava ouvidos.

Hoje, ainda acompanha vida minha e de muitos outros habitantes deste Planeta, mas só que agora, eu a escuto, toco e me deixo tocar. É uma relação diferente porque aprendi, que diante da dor, o mais fácil era chorar.

Em muitos momentos, as lágrimas secam antes de sair, se negam porque preferem outros instantes meus: a alegria de ter amigos. E nunca, nunca festejei tanto a amizade.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...