Um
bálsamo tomou conta do corpo dolorido e a alma feliz saiu pululando no espaço.
Não sei se a experiência própria já fez outros protagonistas. Luiz Gonzaga, o
grande mestre da sanfona, aboiava – diziam – para libertar-se das dores
provocadas pela osteoporose que o consumia.
Gonzaga
não foi vaqueiro, mas cantou a aventura de ser, assim como a faina dos
nordestinos pela sobrevivência. Hoje, a dor tem como causa o medo: pela vida,
pela família. A dor é mais moral do que física, sendo assim, nem a medicina e
muito menos os medicamentos irão curá-la.
No
entanto, o remédio nós sabemos o nome criado pela nossa invenção. Tem quatro
letras apenas, um resumo para algo tão grandioso que nos foge a compreensão:
amor.