A poesia é uma forma agradável de dizer o que vai na alma. Por isso, permito-me ocupar este espaço e dedilhar os sentimentos profundos, que ressurgem na superficie da letra.
Vai longe a pretensão da compreensão que, promete o meu rigor sobre as postagens do blog. Aqui sou que nem borboleta: livre, leve e solta num espaço azul. Sem esquecer a fragilidade das asas coloridas e com a mente estreita na pequenez reduta.
Se busco o perfume da calmaria, é para alimentar a ilusão de que posso voar sem muito esforço. Uma vez presa, a realidade- mulher aguilhotina a lepidez da alma. Sim, o corpo aquece, mas detém a inspiração.
Iso(lados)
Eu
já tive lados, que foram mais de quatro. No enquadramento fui triangular: eu, você
e os outros, que falaram mais, que ditaram mais.
Os
meus lados - arredondados pela lâmina do passado - querem a circunferência da vida que retorna.
Eu
já tive partes, que foram segmentos inventados, traduzidos por equívocos. O todo
que se perde num monte das coisinhas, que me oferecem.
Eu
já tive arranjos, que não foram flores, apenas vasos.
Pelos se(s) da vida....
Se me vir chorando. Deixe o desaguar sem pressa de ficar.
Se me vir rindo imagina o que pode me tornar feliz e participa desse colorido momento.
Se me vir gargalhar, faz eco, revira-se pelo avesso da dor.
Se me vir calada, não me insulta a palavra pensada e se me vir tagarelando, empresta o ouvir e olha-me nos olhos.
Se me vir aflita, serena o teu pensar.
Se sentir calor no meu olhar, refugia-te. É o abraço que há tanto estendo em tua direção.
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