
Desejo que os meus amores sejam como o biscoito, que caiu no bolso da minha camisa enquanto tentava matar a fome. Escorregou da mão e sumiu de
vista. Olhei para baixo e apenas dei com o azul do carpete.
Horas depois, ao ter o corpo trêmulo de dor solidária pela morte
do pai de uma amiga, toquei sem querer o lado esquerdo e senti algo mais firme.
Estranhei, abri o orifício do bolso e lá estava o biscoito, que mesmo ignorado permanecia
próximo a mim. Se você me ama, seja o meu biscoito, amigo do peito.