No mundo das artes quero ser o pincel com a liberdade de correr pela tela espalhando cores vivas!
Quero fotografar o amanhã do observador, que não vai perceber a ideia lançada na essência do recriador.
Quero vencer o tempo que amarela a lembrança. Sim, porque o quadro permanece apesar das traças do esquecimento.
Quero manchar a roupa do artista com marcas perpétuas que o solvente apenas faz brilhar.
Quero chá
Uma xícara de chá sempre lembra calmaria, com o olhar sem muita pretensão para a fumaça que se esvai, prometendo um gole quentinho. Nem sempre vou atrás do sabor, só o calor importa neste momento. Aos poucos, o corpo aquece a partir da glote.
Quando garota viajava no tempo dando ouvidos ao som dos goles aflitos. Isso porque quando criança a gente tem sempre pressa para que o alimento faça a sua função.
Depois, uma mesa (não importa o tamanho), um livro aberto, canetas sem tampas numa aflita vontade de espalhar a tinta sobre o papel em forma de pensamento. A fumaça é o transporte para uma viagem sem retorno.
O pensar que extrapola o papel encontra destino num olhar descuidado. Nem tudo que se deita em folhas levanta ideias.
A xícara foi esquecida e o vento arrasta as folhas escritas sem piedade, que alçam voo desatinado e o olhar fica preso à distância de que nada vale a corrida do que se foi.
Quando garota viajava no tempo dando ouvidos ao som dos goles aflitos. Isso porque quando criança a gente tem sempre pressa para que o alimento faça a sua função.
Depois, uma mesa (não importa o tamanho), um livro aberto, canetas sem tampas numa aflita vontade de espalhar a tinta sobre o papel em forma de pensamento. A fumaça é o transporte para uma viagem sem retorno.
O pensar que extrapola o papel encontra destino num olhar descuidado. Nem tudo que se deita em folhas levanta ideias.
A xícara foi esquecida e o vento arrasta as folhas escritas sem piedade, que alçam voo desatinado e o olhar fica preso à distância de que nada vale a corrida do que se foi.
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