Pelo equilíbrio, pela distância que conquistam com velocidade acima do que eu posso.
Pela precisão do destino, pelo pousar no galho fino da planta, pelo desapego do ancoradouro.
Pelo retorno ao refúgio e pela família que não se prende e mesmo assim sobrevive.
O pequeno ovo que abriga o ser plumado com seu enorme bico, com fome de alçar outros voos.
Dou asas à imaginação. Penso em muitos que apenas bicam o grão para continuar alimentando a força midiática da magreza.
No uso da tesoura que apara as pontas das asas e faz prostrar em terra os sonhos.
Eu amo os pássaros, por isso, só apenas deixo na gaiola o que não dou crédito.