
O trabalho dá trabalho para quem recebe pouco no final do mês. Frase contida e, ao mesmo tempo, gritada por uma grande maioria de assalariados. Mas, o que é pior: ser mão - de - obra barata ou não ter nada para receber no mês seguinte?
Quem não agradece o pouco não merece o muito, já dizem os mais antigos e, com certa razão, é sempre bom ter um ganho certo. Mas, isso não nos dá direito de levantar sempre os braços num sentido reto de agradecimento ao divino, deixando de fazer a nossa parte por aqui. Afinal, estamos na Terra para melhorar a relação entre os homens.
O homem, com sua eterna mania de ser melhor, nem tchun para quem deseja apenas estar melhor. E isso, requer melhor estrutura na sociedade. Fazer parte dela como um agente pacífico, com direitos garantidos e , sobretudo, dignidade.
Não há quem se sinta digno sem casa, sem comida, sem emprego, sem renda que lhe garanta ser olhado com respeito. É porque quando os direitos básicos faltam, o ente é relegado à marginalidade. E na marginal estamos todos nós quando apenas olhamos para o umbigo.
É preciso elevar o olhar para os céus, mas manter em movimento o cérebro e os braços em benefício do outro, porque sem o outro, o que somos?