Confesso que nunca assisti ao programa O Aprendiz. Tenho as minhas reticências com relação a alguns programas e, por esse motivo, não farei aqui nenhuma crítica diretamente. Mas, fui tentada por um amigo a falar sobre um dos episódios. Sei que corremos risco quando subtraímos uma parte do todo e dele falamos pretensamente...
Mas, realmente, não resisti!
Já estive quase liderando uma grande equipe. Grande no sentido de trabalho, considerando o pequeno número de pessoas, numa empresa de comunicação, com o corre-corre peculiar. Tive uma enorme afinidade ao Peter, o rapaz que causou raiva e desequilibrou o empresário que ancora o programa em questão.
Acompanhei o seu choro na despedida do que se poderia chamar de grande oportunidade para quem vê assim o mundo transformado num show business(esta palavra....)
Quando estive "chefe" experienciei emoções nunca sentidas, mas a que mais recordo foi a desesperança nos olhos de quem anunciei você está despedido. Quem sou eu, ou quem era eu, pra proceder assim?
Somos Justus e Peter inúmeras vezes nesse percurso incerto de sobrevivência.
Peter pede perdão a pessoa que ama, considerando ter cometido um erro. Quantas vezes cometemos erros contra nós mesmos, nos agredimos para manter um contrato de trabalho. Em nome da sobrevivência, vamos agredindo o outro, em nome da riqueza material. Estamos entre dois mundos: o do fracasso e do fracassador.
Fracasso sempre quando não consigo acompanhar as exigências do mercado. Sou fracassado quando me permito romper com o que considero de mais sagrado: a lealdade pessoal. A dor que mais dói(permita-me o pleonasmo) é romper com amarras, mas isso significa vencer. É ter coragem de desafiar o mercado de trabalho, apesar de saber que fora dele, a sobrevivência vai se tornar muito mais difícil.
Clamo pela sobrevivência do espírito, leal ao que mais acredita ser, aberto às oportunidades de engrandecimento. O poder, como tudo que é terreno, é passageiro. E hoje, sabemos, que ser midiático, é tão passageiro tanto quanto.
Podemos ser notícia ou noticiadores. É tudo uma questão de tempo. É só mais um aprendizado momentâneo, enquanto que somos repetentes eternos de uma vida, que prossegue, não importa qual seja a escolha profissional.
Confira aqui o que motivou o meu comentário de hoje.
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