Se for franca, direi para mim mesma, que também não me conheço. A leitura ficou fragmentada, semelhante a flashes instantâneos de uma lâmpada que se apaga. É que para conhecer-me não basta bater à porta da memória. É preciso ir muito além da casa reduto.
Tenho momentos de manchetes, anuncio e pouco digo, mas desperto interesse. Noutros sou o corpo da matéria completa, mas como enfada, não vou até o fim da leitura. Refugio-me nos resumos. Bem mais prático. É aí que o pensar do momento vem à tona. E para continuar me desconhecendo, faço a leitura da orelha do livro, do que ouço e do que escuto. Pronto: está formado o estereótipo.
A saida é buscar espelhos, aqueles que suplantam a imagem, mas que são exemplos flagrantes e apreendidos do outro.