
Amanhã é o dia internacional da mulher. Recebo flores, sala de trabalho colorida - gentileza masculina num reconhecimento de que as rosas falam sentimentos calados na boca sorridente.
Ouço depoimentos de força, de garra, de fé e de dor. São tantas as realidades femininas. Saem com risos, gargalhadas e, outras tantas, vozes embargadas, tímidas. E eu encorajando: vamos amiga, hoje a mulher tem voz. Use o microfone, exponha o seu pensar. Elas aceitam o estímulo e dizem sentir prazer na maternidade, na forma de ser companheira do marido nem sempre presente.
Ser mulher hoje é o questionamento. A resposta é quase sempre a mesma. Observo sem cismar muito o pensar, que o discurso mudou, de certa forma. Não mais competir espaço com o homem, mas afunilar os caminhos, num mesmo endereço que é o crescimento em busca da valorização humana.
Ser mulher é também compreender as dores que inventamos.