Fotografia

A fotografia guardada numa caixa esquecida, continua retendo o flagrante da vida real, que impacta ao vê-la agora.

Estranho o sabor do tempo remoto. É um paladar amarelo de uma fruta passada, amadurecida sem sementes.

É como se resumisse a tempestade de sentimentos, que me acompanha sem proteção do guarda chuva do bom senso. As imagens -feito estátua -nem lembram a obra do artista.

Devolver ao fundo da gaveta é despedida para um até breve. Reter no colorido do dia atual o branco e preto de um instântaneo reto, num simbólico gesto de resignação. O tempo não pára e nem eu.

Narcélio, a vitrine que espelha

 "Quero morrer trabalhando. Não aposentarei atividades. O rádio é a minha vida". Frases repetidas, inúmeras vezes pelo amigo Narcé...