Entardecer



Um dia desses observava que em alguns bairros da cidade, as pessoas preferem transitar no meio da rua, evitando as calçadas. Tinha vontade de perguntar por quê, contudo, ficava na observação. Hoje estou que nem elas. Quando estou a pé, prefiro - na maior parte do percurso - as ruas porque são mais fáceis de correr para fugir daqueles que insistem em viver na criminalidade.


As ruas de Fortaleza, antes eram um convite para sair à tarde, curtindo o sol que se despedia e anfitrionava a lua. O entardecer de Fortaleza é simplesmente fantástico. Mas não dá para ficar olhando pro tempo, é perigoso!


As calçadas de Fortaleza são verdadeiras pistas de obstáculos e nem adianta ameaçar punir estabelecimentos comerciais porque nós somos coniventes: sentamo-nos numa boa em cadeiras distribuídas pelas vias que seriam para andarmos. São os bares, as pizzarias e até restaurantes.


E os veículos? ah, cada vez em maior número e tão chiques que faz lembrar que vai longe o tempo em que o Estado era considerado pobre. As vezes me pergunto por onde andei que passei a desconhecer a minha Cidade.

Professora!!



Ser professor é que nem mãe: é para sempre. Mas, nem sempre são próximos. Tive a oportunidade de conviver com muitos, a maioria, mulheres. A primeira professora (foge-me o nome dela agora) nos estimulava a cumprir as tarefas com a palmatória. Não, eu nunca apanhei dela. Aos seis anos de idade, já sabia ler algumas palavras e somar alguns números. Recusei-me a cobrir as letras do alfabeto, preferindo imitar a boa caligrafia no caderno.


No ginásio, uma outra professora marcou por ter duvidado da autoria do trabalho que apresentava. Recorri aos rascunhos(borrão) para convencê-la. Depois, com o pedido de desculpa passei a ser alvo de suas atenções pelo capricho no raciocínio. É bom lembrar que na adolescência vivi alienada, o que dava asas para a imaginação.


Outras importantes figuras ainda são do meu convívio hoje: o professor Antonio Mourão, com quem tenho a oportunidade de contar como colaborador para análises de vários temas na rádio em que trabalho; e a professora Adísia Sá, também com quem já trabalhei e sempre tivemos uma convivência maravilhosa.

Pela criança



Os ministérios da Saúde e das Cidades lançam campanha com foco na criança. É mais uma tentativa para diminuir o número de óbito infantil nas estradas do país. Ontem, enquanto jantava numa churrascaria próxima à minha casa, vi um desses flagrantes contra a criança. E acredito que ela estivesse em companhia dos pais, que iam numa moto, os dois adultos com o capacete e a criança entre eles.


Há pessoas que acreditam que o fato de estarem presentes é o suficiente para proteger a criança. Mas, num acidente, quem mais irá se machucar? A violência contra criança é tão sutil que não é percebida pelos adultos. Vem desde a falta de atenção quando um choro ininterrupto acontece em meio a madrugada, ao desrespeito do horário de se alimentar e fazer higiene.


O apelo do governo vem em forma de lei, multas contra a falta de atenção. Enquanto o bom senso não ocorre, é o bolso a parte mais sentida.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...