Em busca do tom


Acabo de ganhar um presente que há muito esperava: um livro contando e apresentando a história e músicas de Luiz Gonzaga, de autoria do coronel reformado José Marcelo Leal Barbosa, que diz ser leal até no nome.




Vale a pena conferir a obra porque o argumento do rei do baião é forte. Cresci ouvindo o sanfoneiro bom e com ele aprendi os primeiros passos. Mas, quando criança o que se chama vulgarmente de forró, só era exibido e executado nas festas temáticas do mês de junho. Fora essa data, era breguice. Tão diferente de hoje que ser brega é ser in.


Um dia, comentando com amigos o valor de Luiz Gonzaga, alguns deles desinformados, disseram que não viam o artista como eu. Foi nesse momento que cantei Samarica Parteira contando as dores das mulheres do sertão que não tem acesso aos serviços médicos. Depois da explanação, todos foram unânimes em afirmar que o rei do baião nunca irá perder a coroa.

5 comentários:

Anônimo disse...

Olá, Fátima! Gostei muito de visitar o seu blog. Meu amigo Eduardo Andrade o indicou e estarei sempre aqui. Tenho um blog e ficaria feliz se você desse uma passadinha por lá. Posso colocar um link do seu blog lá no meu?
Até mais.

Fátima Abreu disse...

mas, claro que sim, ronie. Vou fazer o mesmo.

Eduardo Andrade disse...

Fátima,
Adorei a letra da música.
A frase mais contraditória: "Sant' Antoin pequenino, mansadô de burro brabo, fazei nascer esse menino, com mil e seiscentos diabo!"
Precisa-se conhecer a sociologia nordestina para escrever com tanta propriedade, e achar que Santo Antônio amansa burro, e faz nascer mais de mil diabos!
Pelo visto esta Samarica é uma parteira dos “diabos”...
Abraços.

Dalinha Catunda disse...

Fátima,
Fiquei com uma inveja saudável do seu presente. Nasci no interior do Ceará, moro no Rio de Janeiro, mas durante anos e anos escutei, além de pássaros no raiar do dia o velho Lua, com seus xotes e seus baiões. Não reconhecer Luiz Gonzaga como rei dos nordestinos é desconhecer as próprias raizes.
Dalinha Catunda.
No meu blog, há uma pequena crônica sobre Luiz Gonzaga.
Parabéns pelo blog, sempre dou uma passadinha, mas só hoje deixei o rastro.
www.cantinhodadalinha.logspot.com

Carlinhos Medeiros disse...

Eu que o diga. Em Catolé, distrito de Horizonte, quando criança morei num sítio com minha avó e de manhã cedo acordava ouvindo passarinhos, seu Luiz, Marinêz, Trio Nordestino, entre outros, e confesso que não se faz mais forró como antigamente. Tenho um livro com a biografia e discografia do Rei do Baião escrito por uma jornalista e pesquisadora cearense.
Abreijos

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...