Porque as flores murcham


Estava olhando o vaso transparente, permitindo ver os talos da indefesa planta colhida por um florista habilidoso. Amarela flor, imito a cor quando algo me choca. Sou amarela quando sinto fome, quando sorrio sem querer. A flor, não. É amarela por natureza, sem melindres, humores diversos.


Fica ali, depositada, sorvendo a água, sem demonstrar sede. Escuta sem ouvir os meus ruídos, queixumes, pensamentos nervosos, típicos de gestor na implantação de uma mídia. Só espero não amarelar.


Quero ser amarela-flor, viçosa apesar de ceifada dos galhos que prende à vida. Mas, sem lamentar porque viver é libertar-se.


Só pra dizer que não perco a poesia, apesar dos desafios.

2 comentários:

Eduardo Andrade disse...

Eu tenho certeza que você não vai amarelar!
Sucesso!

Anônimo disse...

"Só pra dizer que não perco a poesia, apesar dos desafios." Se me permite, vou pedir emprestado uma parte de sua frase para mim: Só pra dizer que não perco a piada, apesar dos desafios. Dei-me conta disso agora (rs). Você escreve muito!!!!!!!!!!! Parabéns.

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