Dá pra correr?


Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Chavão oportuno para comentar sobre os humores da economia do País, depois que o Senado atendeu ao apelo de muitos brasileiros e rejeitou a prorrogação da CPMF. Pois é, e agora?


Lembro que muitas vezes reclamei da tal cobrança, que não importando o quanto eu tivesse que gastar, ou pagar, ou ainda, investir, lá estava o desconto compulsório, com uma pontualidade matemática lógica, precisa, mas longe de atender para que veio.


A contribuição, que era para ser provisória, ficou por um bom tempo, acalentada por várias razões e um dia - porque tudo tem um dia, um prazo de validade - ao invés de terminar, é rejeitada. O diabo é a palavra rejeição, que veio completar uma campanha de socorro para saúde no País, mas que foi rejeitada com uma doença ruim, de longa duração.


Quase lamentei o fim da CPMF, mas não era provisória? Este não foi o argumento para sua criação? Agora, quando for retirar dinheiro no caixa eletrônico não lerei mais o aviso de um desconto futuro - aliás, que satisfação sem conforto - no papel amarelo.


O pior, é que logo vem os analistas financeiros falando que o mal é necessário e que outros inventores econômicos já estão se preparando para dobrar o que já somos constrangidos a pagar. É como fazer favor para preguiçoso: vira obrigação.


Eu queria tanto, em muitos momentos meus, não entender o que falam, o que dizem. O diabo - e a neurolinguistica explica - sempre escuto o que não diz o repórter; sempre leio o que não escreve o redator e sempre vejo o que não mostra o âncora do telejornal. É isso: entrelinhas, linguagem sublimar.

2 comentários:

Eduardo Andrade disse...

Fátima,
Este negócio de dizer que o país não vive com a redução de impostos é balela!
É só perguntar aos pequenos empresários se estão conseguindo sobreviver sem sonegação.
O governo vem jogando dinheiro fora porque está sobrando receita de impostos. Por isso não querem fazer a reforma fiscal para não dar mais autonomia aos estados e município.
O governo Federal quer ficar com a centralização da arrecadação para os governadores irem "comer na mão" do presidente e dos ministros. Os municípios precisam de mais autonomia. É no município que moramos.
Precisamos sim: combater a corrupção com uma justiça mais ágil e descomprometida.
Abs,

Fátima Abreu disse...

É verdade, amigo Eduardo. O seu pensamento foi mais preciso e lógico. Um grande abraço.

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