Cirurgia da dor

Cirurgiões da dor somos todos nós. Há aqueles que anestesiam, se especializam em balsamizar as feridas e até choram por nós.

Há outros que higienizam as chagas, borrifam palavras remediando as possíveis seqüelas. Outros ainda dão cor de essências para acordar o sofrimento.

Noutros existem a luz que cura. Somos todos assim, em alguns ou muitos momentos.

Há ainda os que não se atém aos medicamentos. Não higienizam, permitindo que o vírus do sofrimento prolifere, só por acreditar que o ritmo da vida deve ser regido pela ordem do choro e ranger de dentes. Estampam a face pálida do susto; a contração dos músculos em defesa de machucados e proclamam que isso é viver.

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