Sem flagelos



O nordestino sempre foi conhecido como flagelado. A palavra ainda é repetida na TV do sudeste do País, agora por causa das enchentes. O termo significa flagelo, sofrimento. Mais conhecidos como sedentos, agora somos os alagados. O tratamento mudou com relação à solidariedade?


Ser solidário com a dor é bem mais fácil do que olhar e ver pessoas iguais. Digo isso, porque os conhecidos retirantes, que ajudaram a construir os grandes centros, sempre foram vistos dessa forma. É o olhar vesgo de uma realidade que pode atingir a qualquer um.


Diferenças físicas territoriais são bem fragéis diante da necessidade vital de harmonia, que a humanidade precisa acreditar que existe. Está meio perdida diante de tantos equívocos que promovemos. Mas, existe.


4 comentários:

Sra. Rapadura disse...

Olá Fátima. Posso saber que livro é você? O link do teste está no meu blog é interessante. Bj

Sra. Rapadura disse...

Boa! Minha intuição ñ falhou, eu suspeitava que vc fosse Clarice mesmo, seus textos evidenciam isso, e o título do blog faz sentido. Não é à toa que venho tanto por aqui!

Anônimo disse...

Escrevi hoje sobre a falta de solidariedade em relação à nossa gente. Bela crônica, Fátima.
Abs!

Julio Sonsol disse...

A Oprah recusava-se a chamar os atingidos pelo furacão Katrina em New Orleans de refugiados. Só tratava por sobreviventes. Também acho mais honesto não chamar de flagelados.

Se deixar, o vento leva!

  De vez em quando faço uma ligeira pesquisa por aqui, neste espaço.  É tão bom ler o meu pensar de alguns anos.  Este blog tem me acompanha...