Médicos nunca cruzam os braços


Estava lendo sobre a greve dos médicos do IJF, o maior hospital do Estado. Superlotado como sempre, os profissionais de saúde são forçados a trabalhar duro num lugar que promete, mas que não consegue atender à demanda. Há um desencontro de informações e de buscas. O hospital é para atender traumas, mas qualquer corte no pé ou na perna é levado para lá. E tudo é um grande sufoco.

Quando o meu filho foi atropelado aos sete anos de idade, o hospital estava em reforma era bem menor do que hoje e o sofrimento já era muito grande, mesmo assim, o atendimento pelo lado humano foi muito bom, apesar das dificuldades com a falta de material cirúrgico. Lembro que até escrevi um artigo pedindo ao prefeito da época, Juraci Magalhães, que olhasse com mais atenção para aquele lugar de dor.

As nossas dificuldades no Planeta Terra não são pequenas, por isso defendo e cultuo o amor, a dedicação aos serviços prestados, muitas vezes limitados por questões materiais. Vejo o médico, a enfermeira, o atendente das portarias de unidades hospitalares como heróis da resistência. Pessoas que lidam com a dor o tempo todo, que sequer, têm tempo para suas dores.

A questão não é apenas ter o direito de fazer greve, não é apenas a legalização ou não do ato paredista, mas um apelo inflamado pela melhoria, pela qualidade de vida!

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