Quando quero viajar e o dinheiro não permite estradas mais longas, abro a janela do carro, pego carona no vento, segurando na mão da música. A melodia me impacta. Vou no ritmo e chego a conversar com o compositor sobre a sua proposta.
Assumo a voz na interpretação dos versos, torno-me musa inspiradora. Sou a letra que soa nos ouvidos da alma. O trem descarrilha e não perco a poesia. Miro imagens longínquas. Por isso o meu amor pelas casinhas nas estradas. Parecem esquecidas no tempo, vazias de sentimento de progresso.
Lembro os grandes cabelos, que pesados venciam a força do vento. Havia tanta sonolência no futuro escondida pelo sorriso infantil!
Quando desenho a vida de sossego que o imo aflinge, entro naquela casinha de beira de estrada, sob a sombra de uma árvore, sem frutos ainda, mas com uma promessa de alimentar a paz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Chegou a velhice(?!)
Já falei aqui, neste espaço, sobre o tempo que me levou. Envelhecer, antes de me deixar pra baixo, me deixa surpresa! Caramba! beiro o díg...
-
Nunca me senti confortável quando alguém dizia que sou uma guerreira. Por que tenho que chamar de armas as ferramentas que uso para sobrevi...
-
Sempre busquei ser verdadeira sem me dar conta da possibilidade e das consequências. A minha verdade de quando criança era crescer, ser adu...
-
Estava cismando o pensar na frase que lateja: "vou nem que me lasque". Este mantra(?) carreguei por muito tempo. E não é que me...
Nenhum comentário:
Postar um comentário