A dengue não é do tamanho do mosquito



"Que morra o mosquito da dengue". Este é o nome da comunidade do Orkut que uma amiga acaba de convidar para fazer parte. Incrível! Ninguém fala em defesa do mosquito?! Não teria o mosquito Aedes Aegypti um voluntário que corresse em seu socorro?


Longe de mim defender a epidemia, mas quem foi que começou com a proliferação do "bichinho"? Lembro que quando menina tudo parecia bem menor. Só eram grandes os problemas dos meus pais, portanto de gente grande. Recordo-me de ter conhecido o mosquito em larvas ainda, nas pequenas vasilhas e jarros feitos de lata, que abrigavam da mesma forma as pequenas e coloridas flores do jardim do quintal.


Os martelinhos se agitavam na água e chamavam a nossa atenção. Na nossa criancice eles nunca pareciam perigosos. Quando foi mesmo que o mosquito perdeu o seu encanto de criatura da mesma força universal? Assim como outros invisíveis seres que nos atingiam em cheio o organismo?


Pois é, a dengue não é brincadeira de criança. Ficou muito tempo atrás as larvas atrativas que, de forma lúdica, nos ensinava a curiosidades sobre a natureza. É quase uma sensação de pânico, hoje adulta, querendo evitar, pela terceira vez, uma nova investida da doença. Sobreviveria?


É fácil culpar e cobrar ação dos órgãos públicos, mas quem está mesmo esquecendo as poças d'água, os copos, garrafas e vasilhas descartáveis armazenando água sem a menor intenção de colaborar?

Um comentário:

Eduardo Andrade disse...

É isso aí, Fátima,
Os governos são os responsáveis pela carência de investimento em saneamento básico, necessário à melhoria da saúde do povo, contudo, a população, mesmo informada não se comporta de forma colaborativa.
A criação da comunidade no Orkut é uma bela iniciativa.
Abração,

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