Trair não é mais crime sujeito à pena, mas expor o marido à humilhação pública, sim. É o que diz matéria lida há pouco, na minha rotina de buscar um mote para o meu post de hoje.
Cismo o meu pensar com relação aos pecados nossos (de outros) quando não são expostos. Se ninguém souber, tudo bem? Não basta o que se sente no íntimo, a frustração e a complexa forma de conviver com a traição?
A dor moral não cobra indenização financeira. Pede tempo para recuperar a valorização íntima. Quer corda para sair do poço. Exprime desejo - mesmo que latente - de escapar, deixar fluir a rejeição sofrida.
E por que a traição dói? O apego diz presente. O que me pertence não divido com ninguém. O pensamento encerra tradução superficial da situação. Vai mais longe porque a retraída cumplicidade sobrepõe-se a lealdade.
Trair é um verbo que se conjuga diariamente e nem sempre o sujeito comporta o desapontamento. Porque o que se quer mesmo, no fundo, é aprender a amar.
Um comentário:
A-M-A-R.
Quatro letrinhas que, ao meu ver, formam a palavra mais complexa do dicionário.
Por mais que a gente tente, td dia é um aprendizado, inclusive no que se refere à traição e o peso subseqüente.
Bj bj.
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